XENOFOBIA NÃO TRAVA SONHO SUL-AFRICANO DE TRÊS JOVENS MOÇAMBICANOS

LusaMuxúnguè, Moçambique, 02 mai (Lusa) – A vaga da violência xenófoba na África do Sul não travou o sonho de três jovens moçambicanos do interior de Chibabava, província de Sofala, de emigrarem para o país vizinho e tornarem-se “homens”.

“Soube dos ataques contra estrangeiros, mas reuni dinheiro por muitos anos para ir a África do Sul, para dar peso à família e conseguir conquistar e casar com uma mulher, e esta é a minha oportunidade”, disse à Lusa Filipe Thausen, 19 anos, sorridente, momento antes de iniciar a viagem ilegal, num “chapa” (semicoletivo de passageiros) de matrícula sul-africana, apesar da vaga de violência contra estrangeiros no país vizinho.

Com as poupanças da venda de ananás e castanha de caju, e para fugir dos altos índices de pobreza em Moçambique, milhares de jovens das zonas rurais do sul e centro do país, emigram ilegalmente para a África do Sul, à procura de melhores condições de vida numa das principais economias do continente.