VAGA DE CALOR FAZ DISPARAR MORTOS

A vaga de calor levou milhares a procurarem no mar uma solução para se refrescarem
A vaga de calor levou milhares a procurarem no mar uma solução para se refrescarem
A vaga de calor levou milhares a procurarem no mar uma solução para se refrescarem
A vaga de calor levou milhares a procurarem no mar uma solução para se refrescarem

Na semana que terminou no dia 14, a mortalidade atingiu valores superiores ao esperado, em particular no grupo etário com mais de 75 anos. São mais 800 mortes acima das 1750 habituais para esta altura do ano. É a terceira semana em que a mortalidade sobe no nosso país e coincide com um período em que Portugal registou temperaturas muito elevadas, chegando a ser atingidos os 42 graus.
Recorde-se que também na semana anterior houve um acréscimo de 600 mortes e, na última de junho, foram mais 200 óbitos face aos valores médios desses períodos. Nestas três semanas, foram assim registados cerca de 7000 óbitos, mais 1600 casos do que o valor médio de mortalidade nesta época do ano (5400).
O sistema de vigilância da mortalidade do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) avalia a informação disponibilizada pelas Conservatórias do Registo Civil, que diariamente enviam, de forma automática, os óbitos que foram registados no dia anterior.
O INSA não estabelece relação entre uma maior mortalidade nos idosos e a vaga de calor que surgiu a 26 de junho e só terminou a 10 de julho. Mas, para o professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra Meliço Silvestre, perante uma vaga de calor, a mortalidade atinge sobretudo os idosos com mais de 75 anos. Explica o professor que “os mais idosos perdem a sensação de sede”.