Um estudo do UNICEF divulgado hoje em Maputo recomenda uma alocação de pelo menos 40% do Orçamento do Estado (OE) moçambicano para setores sociais básicos, sob pena de se verificar um retrocesso na situação da criança moçambicana.
Vincando a mensagem de que o “financiamento dos serviços das crianças não é um custo, mas um investimento”, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) admite no relatório “Situação das Crianças em Moçambique – 2014” avanços consideráveis em diversos indicadores, mas alerta para as consequências do desinvestimento do Governo nos serviços sociais básicos.
Notando que, desde 2008, se tem assistido a um decréscimo da despesa do Estado nos setores de educação, saúde e água e saneamento, Koenraad Vanormelingen, representante do UNICEF em Moçambique, classificou a situação como “preocupante”, traçando três possíveis cenários de alocação de recursos estatais para a próxima década, que estão indicados na análise “Investir Mais, Investir Melhor – Perspetivas de melhoria do financiamento dos setores sociais em Moçambique”, também hoje divulgada.