Maputo, 16 out (Lusa) – A chefe da Missão de Observação Eleitoral da União Europeia (MOE-UE) em Moçambique sugeriu hoje que a Renamo cumpra a lei e apresente queixas de alegadas irregularidades eleitorais, considerando que a votação “foi ordeira após uma campanha desequilibrada”.
“As leis deste país preveem que os partidos possam fazer as suas queixas e mostrar as suas provas”, afirmou hoje em Maputo, em conferência de imprensa, Judith Sargentini, chefe da MOE-UE, quando questionada sobre a declaração na quinta-feira da Renamo (Resistência Nacional Moçambicana, maior partido de oposição) de que não vai reconhecer a votação nas eleições gerais, alegando a ocorrência fraudes.
Judith Sargentini disse que os ilícitos testemunhados pela sua equipa de mais de cem observadores não justifica a anulação as eleições, mas lembrou que em Moçambique as leis preveem que os partidos apresentem as suas queixas, incluindo a exigência de nova votação: “Faz parte de uma boa democracia e seria interessante ver como as instituições em Moçambique iriam processar esse pedido”.