O presidente norte-americano, Barack Obama, encontrou-se ontem com familiares de Nelson Mandela em Joanesburgo e teceu rasgados elogios ao líder histórico da luta contra o apartheid, que considerou “uma inspiração para o Mundo”.
Obama, que sexta-feira iniciou uma visita oficial à África do Sul, decidiu não visitar o ex-presidente sul-africano no hospital para não o incomodar, optando antes por falar ao telefone com a esposa, Graça Machel, e encontrar-se em privado com duas das filhas e alguns dos netos de Mandela.
“Manifestei a esperança de que ‘Madiba’ consiga retirar paz e conforto da presença da família neste período difícil”, afirmou Obama, que horas antes, durante um encontro com o presidente Jacob Zuma, tinha recordado o legado de Mandela. “A sua coragem foi uma fonte de inspiração pessoal e uma fonte de inspiração para o Mundo”, disse.
Segundo Zuma, Mandela continua em estado crítico, mas as melhorias registadas nos últimos dias permitem ter esperança. “Acreditamos que vai melhorar e esperamos que possa sair em breve do hospital”, afirmou.
No seu testamento, escrito em 1996 numa única folha de papel, Mandela diz pretender um funeral simples junto à sua terra natal, Qunu, adiantou ontem a imprensa sul-africana.
Entretanto, dezenas de manifestantes envolveram-se ontem em confrontos com a polícia no Soweto, antes da chegada de Obama para um discurso na universidade local. Várias pessoas foram detidas.