UE FAZ NOVA MISSÃO À UCRÂNIA DEPOIS DA LUZ VERDE DO PARLAMENTO RUSSO DADA AO ENVIO DE TROPAS PARA A CRIMEIA

UEDepois da aprovação do Parlamento russo ao pedido do presidente Vladimir Putin para o envio de forças armadas para a região da Crimeia, na Ucrânia, a chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton, exortou hoje a Rússia a renunciar a esse envio e a respeitar as leis e compromissos internacionais.
Numa breve declaração, Aston disse que «Deploro a decisão de hoje da Rússia sobre a utilização de forças armadas na Ucrânia, pois trata-se de uma injustificável escalada das tensões e por isso apelo à Federação da Rússia para não enviar essas tropas, e antes a promover as suas posições por meios pacíficos».
Este domingo é esperado em Kiev, para uma reunião com os dirigentes políticos ucranianos, o chefe da diplomacia grega, Evangelos Venizelos, uma vez que a Grécia assegura até junho a presidência rotativa semestral da União Europeia e nesta visita, o chefe da diplomacia grega fará uma escala em Mariupol, cidade portuária do sudeste do país, para um encontro com a comunidade grega local.
A Rússia já tem militares na Crimeia, presença justificada pelo primeiro-ministro pró-russo daquele território, com razões de segurança, Sergei Aksionov disse que as forças russas estão a guardar alguns edifícios públicos na Crimeia, mas antes já tinha apelado ao presidente da Rússia para ajudar a restaurar «a paz e a calma» na Crimeia.
O Presidente interino da Ucrânia convocou uma reunião de emergência de chefes de segurança, enquanto nas ruas já se ouviram apelos à mobilização geral das forças armadas. Uma das vozes dos que dão sinal de quererem responder com armas a eventual intervenção russa, é do ex-campeão mundial de boxe e dirigente da oposição na Ucrânia Vitali Klitschko que exortou hoje o parlamento a mobilizar as forças armadas, depois da câmara alta da Rússia ter aprovado o uso de tropas no território ucraniano.
Uma nota tornada pública pelo ex-campeão mundial de pesos pesados, que já anunciou que será candidato às presidenciais antecipadas de 25 de maio, lidera desde há dois anos um dos três partidos da oposição ucraniana com representação parlamentar.