TURISMO RADICAL FAZ 6 PRESOS

O falso sequestro, que mobilizou dezenas de polícias alertados pelas chamadas para o 112, decorreu às 16h00 nos Restauradores
O falso sequestro, que mobilizou dezenas de polícias alertados pelas chamadas para o 112, decorreu às 16h00 nos Restauradores
 O falso sequestro, que mobilizou dezenas de polícias alertados pelas chamadas para o 112, decorreu às 16h00 nos Restauradores

O falso sequestro, que mobilizou dezenas de polícias alertados pelas chamadas para o 112, decorreu às 16h00 nos Restauradores

Eram 16h00 de domingo quando várias chamadas caíram na central de 112 da PSP. A descrição dada pelas testemunhas dava conta de duas mulheres, inglesas, raptadas na praça dos Restauradores, Lisboa. A PSP enviou quase 20 agentes em carros-patrulha, na perseguição à carrinha branca onde seguiam as duas mulheres, mas tudo não passava, afinal, de uma farsa.
A brincadeira foi organizada pela empresa de eventos Da Company, que promove o turismo radical. O seu lema é: “A raptar turistas e a obrigá-los a amar Lisboa desde 2009”. Quando a PSP intercetou a carrinha, perto do local do ‘rapto’, percebeu que a encomenda fora feita por duas amigas – faziam 40 anos – para outras duas amigas. Queriam ver a reação destas caso fossem sequestradas.
Os dois ocupantes da carrinha iam encapuzados. E dezenas de pessoas ficaram em pânico, chamando a PSP. Seis pessoas foram detidas: os ocupantes da carrinha, a gerente da empresa que estava a filmar a cena, o motorista e as aniversariantes. Foram a tribunal e depois libertados.
Fonte policial contactada pelo CM garantiu que a simulação do crime de rapto causou “um grande alarme, perplexidade e inquietação entre a população” e que por isso“ dezenas de pessoas começaram a ligar para a PSP no sentido de salvar as duas mulheres”.
A brincadeira foi promovida pela empresa de eventos Da Company, Lda. Ontem ninguém da empresa se mostrou disponível para comentar o caso, até porque uma das gerentes também foi detida por estar a filmar a cena de falso rapto.