Dezenas de líderes mundiais reuniram-se virtualmente este fim de semana, para assinalar os cinco anos da assinatura do Acordo de Paris sobre o clima. Foi o caso de Justin Trudeau, que se comprometeu com metas mais ambiciosas. António Costa também reiterou o total apoio à luta contra as alterações climáticas.
A estratégia global de recuperação económica no pós-pandemia deve incluir um “plano ambicioso” e “medidas firmes” para combater as alterações climáticas. Palavras de Justin Trudeau, dirigidas à comunidade internacional, numa conferência virtual da Organização das Nações Unidas (ONU), realizada no sábado, dia 12 de dezembro.
Durante a chamada Cimeira da Ambição Climática, o primeiro-ministro canadiano garantiu que o Canadá vai subir a fasquia das metas de redução de gases com efeitos de estufa. Num vídeo pré-gravado, o líder liberal disse que o país vai lutar, em parceria com as províncias e territórios, pela redução de até 40% das emissões, no período entre 2005 e 2030. Atualmente, essa meta situa-se nos 30%.
Trudeau já tinha divulgado, um dia antes, um novo plano climático nacional mais ambicioso. Numa conferência de imprensa em Ottawa, o chefe do executivo anunciou o investimento de mil milhões em veículos e infraestruturas verdes, alterações ao ‘Clean Fuel Standard’ e o aumento significativo das taxas de carbono nas províncias sem planos próprios de redução de emissões.
O encontro da ONU assinalou os cinco anos da assinatura do Acordo de Paris sobre o clima, que juntou em 2015 praticamente todos os países do mundo. Serviu para reiterar as ambições mundiais na luta contra o aquecimento global e de cumprir as premissas do acordo, de impedir que as temperaturas subam além de dois graus celsius em relação à época pré-industrial.
O primeiro-ministro português também interveio no encontro. António Costa falou no seu total apoio ao Acordo de Paris e lembrou que Portugal foi dos primeiros países do mundo a ratificar o documento e a comprometer-se com a neutralidade carbónica em 2050.
Costa falou de outros compromissos que Portugal assumiu para preservar o ambiente, como o de acabar com a eletricidade produzida a partir do carvão já a partir do próximo ano e o de implementar um Roteiro Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas.