TROCA DE LIVROS ESCOLARES AJUDA A POUPAR MILHÕES

Os bancos funcionam em várias lojas, como floristas, farmácias e restaurantes
Os bancos funcionam em várias lojas, como floristas, farmácias e restaurantes
Os bancos funcionam em várias lojas, como floristas, farmácias e restaurantes
Os bancos funcionam em várias lojas, como floristas, farmácias e restaurantes

O movimento pela reutilização dos livros escolares (reutilizar.org) já conta com 156 bancos espalhados um pouco por todo o País. Destinados a promover a recolha e partilha gratuita de livros escolares do 1 º ao 12º ano, com vista à sua reutilização, os espaços que hoje são procurados por milhares de pais, encarregados de educação e alunos floresceram em restaurantes, escolas, grupos desportivos, bibliotecas, farmácias e até floristas. Para evitar constrangimentos, não se aceitam reservas ou listas. A troca é presencial e não implica qualquer despesa.
“Por vezes, os livros nem chegam a ir para a sala. As pessoas que estão à espera trocam-nos entre si. É impossível saber quantos livros já ajudámos a distribuir ou quantas pessoas já ajudámos. Este ano há menos entregas mas há mais procura. Há pessoas que ficam largos minutos à espera, na fila”, revela Paula Cascais, 40 anos, proprietária do restaurante Bem-me-quer, em Lisboa, onde funciona aquele que foi o segundo banco a abrir a nível nacional. “No ano passado tivemos professores que não aceitaram os livros por serem usados. Felizmente, foram uma minoria”, acrescentou a empreendedora. Henrique Cunha, fundador do movimento, refere que se a poupança “é uma das consequências mais evidentes” da iniciativa, há um outro fator a considerar. “Será que as escolas, o Governo ainda não perceberam que existe um problema? Só chegamos a um por cento da população. Se o Estado avançasse com a regulamentação do empréstimo de livros escolares poderia poupar cerca de 105 milhões de euros em três anos”.