Sintra, Lisboa, 09 set 2020 (Lusa) – A circulação nas vias municipais que integram a serra de Sintra está proibida até sexta-feira, bem como o estacionamento e a permanência de viaturas no interior do perímetro florestal, devido à situação de alerta de incêndio, segundo o município.
Em comunicado, o executivo liderado por Basílio Horta (PS) adianta que a medida surge na sequência da decisão do Governo de prolongar a declaração da situação de alerta de incêndio até as 23:59 de sexta-feira na maioria dos distritos portugueses, inclusive o de Lisboa, onde se localiza Sintra.
Desta forma, o presidente do município acionou os meios da proteção civil para o encerramento do perímetro florestal da serra de Sintra neste período.
De acordo com o comunicado, o perímetro florestal da serra de Sintra encontra-se encerrado desde as 00:00 de domingo, quando à situação de alerta foi iniciada.
“No perímetro florestal da serra de Sintra vigora até sexta-feira: proibição de circulação, estacionamento e permanência de viaturas no interior do perímetro florestal, exceto para veículos de moradores e de empresas aí sediadas, veículos de socorro, de emergência e das entidades integrantes do Sistema Municipal de Proteção Civil”, pode ler-se na nota.
A decisão surge ainda devido à previsão para o concelho de Sintra de risco de incêndio rural elevado durante este período e pelo facto do se estar ainda no período crítico de incêndios rurais, que decorre entre os dias 01 de julho e 30 de setembro.
Para hoje está agendado mais um protesto dos guias turísticos em Sintra contra os condicionamentos do trânsito motivados pelos alertas, que “prejudicam residentes, comerciantes e condutores de animação turística”.
Os manifestantes reivindicam a instalação de uma estação meteorológica na serra de Sintra ou a utilização de alguma que pertença a uma empresa (considerando o clima específico), e contestam que os autocarros circulem sem restrições transportando turistas, que pagam preços acima do passe social.
A serra de Sintra integra uma região de proteção classificada sensível ao risco de incêndio florestal, caracterizada por um elevado número de visitantes. Torna-se assim fundamental acautelar a sua proteção, manutenção e conservação considerados objetivos do interesse público, de âmbito mundial, nacional e municipal.
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