TRAGÉDIA POR EXCESSO DE VELOCIDADE

Carruagens destroçadas e corpos espalhados pela via atestam a violência do impacto
Carruagens destroçadas e corpos espalhados pela via atestam a violência do impacto
Carruagens destroçadas e corpos espalhados pela via atestam a violência do impacto
Carruagens destroçadas e corpos espalhados pela via atestam a violência do impacto

O acidente ferroviário que na quarta-feira causou pelo menos 80 mortos e 168 feridos junto a Santiago de Compostela, Galiza – o mais trágico no país nos últimos 40 anos e o primeiro com mortes em linhas de alta velocidade em Espanha – terá sido originado por excesso de velocidade.
O maquinista, que está hospitalizado sob custódia policial, foi constituído arguido e deverá prestar declarações hoje, depois de ter admitido que circulava a 190km/h, numa curva em que a velocidade máxima é de 80.
“Somos humanos, somos humanos”, afirmou Francisco José Garzón Amo, de 52 anos, via rádio, logo após o acidente, quando ainda não sabia se havia vítimas mortais. “Espero que não haja mortos, porque cairão sobre a minha consciência”, acrescentou o maquinista, que acusou negativo no teste de alcoolemia. Francisco Amo trabalha na Renfe, companhia ferroviária espanhola, há 30anos, e operava naquela linha há um ano. Costumava gabar-se no Facebook de conduzir o comboio a 200 km por hora.
Já o segundo maquinista, que não foi identificado, deambulou, aturdido, pela linha, após o acidente, dizendo: ”Descarrilei, que vou fazer? Que vou fazer?”. A ferroviária estatal diz que ainda é demasiado cedo para determinar as causas da tragédia, mas tudo aponta que o excesso de velocidade do comboio, que transportava 250 pessoas, terá estado na origem do fatídico acidente, que ocorreu numa curva apertada, após mais de 80 km de linha reta.