TIAGO GUEDES VENCE CONCURSO PARA O RIVOLI

RivoliTiago Guedes, o vencedor preliminar do concurso público lançado pela Câmara do Porto para programador do Teatro Rivoli, alertou perto do fim-de-semana que o processo não está fechado, já que decorre atualmente um período de audiência de interessados.

A única reação que posso ter é que o processo não está acabado. Está neste momento a decorrer um período de audiência de interessados”, frisou, em declarações à Lusa, o atual diretor artístico do Teatro Virgínia, em Torres Novas.

Tiago Guedes foi escolhido como diretor artístico do projeto Teatro Municipal do Porto, Rivoli e Campo Alegre, numa decisão conhecida na ultima terça-feira, mas desvaloriza a decisão preliminar do júri, uma vez que se seguem cinco dias para os candidatos preteridos reclamarem ou prestarem esclarecimentos sobre o processo.

O coreógrafo e bailarino alerta estar em causa um “concurso público”, sendo necessário “respeitar os prazos inerentes a este tipo” de procedimentos.

Classificado em segundo lugar no concurso, José Luis Ferreira, diretor do S. Luiz Teatro Municipal, em Lisboa, adiantou à Lusa que não vai “prestar declarações absolutamente nenhumas” sobre o assunto.

Ana Figueira, a terceira das finalistas, esclareceu que não pretende contestar o resultado.

Para a autora de uma das três propostas consideradas na segunda fase do concurso (uma foi excluída por não conter a assinatura digital essencial à aceitação do processo), “o processo fica por aqui”.

“Qualquer um dos projetos era bastante interessante e extremamente completo. Qualquer dos candidatos fez uma proposta interessante e seria uma boa aposta”, destacou a diretora da companhia de Teatro Instável.

Tiago Guedes foi o vencedor do concurso público para encontrar o futuro diretor do Teatro Municipal do Porto — Rivoli e Campo Alegre, revela a edição de hoje do jornal Público.

Perante esta decisão, seguem-se cinco dias para os candidatos preteridos se pronunciarem, pelo que o concurso ainda não está encerrado, explicou à Lusa fonte da Câmara do Porto, recusando por isso comentar o processo.

De acordo com o Público, a proposta de Pedro Jordão, outro dos candidatos admitidos à segunda fase do concurso, foi excluída por não conter a assinatura digital essencial à aceitação do processo.

Não existindo contestação dos outros finalistas, ou se se mantivera a decisão do júri no caso de ela existir, a Câmara celebrará com Tiago Guedes um contrato de diretor de programação por três anos e 100,8 mil euros.

O candidato terá entre 60 a 90 dias para apresentar o seu projeto de programação ao vereador da Cultura, Paulo Cunha e Silva, que a Lusa tentou hoje, sem sucesso, contactar.

Em março, o responsável autárquico explicou que terá de aprovar o documento, podendo pedir ao diretor que faça alterações ou defina uma nova programação, caso não concorde com as sugestões apresentadas.

Na altura, Cunha e Silva não soube precisar quando é que a programação vai chegar aos teatros: “Não é possível termos, no fim deste ano, os teatros a funcionarem com uma programação internacional e sofisticada como aconteceria se houvesse um montante financeiro substancial para aplicar imediatamente”, justificou.

Natural de Minde, Alcanena, Tiago Guedes, de 35 anos, é diretor artístico da associação cultural Materiais Diversos, que organiza, de dois em dois anos, um festival de artes performativas com o mesmo nome.