Um cidadão paquistanês de 20 anos foi preso no Quebec, a 4 de setembro, quando supostamente se preparava para atravessar a fronteira e realizar um ataque terrorista do ISIS contra os judeus na cidade de Nova Iorque. O caso surge num momento de crescente antissemitismo e do ressurgimento do ISIS.
As autoridades dos Estados Unidos da América (EUA) identificaram Khan como um cidadão paquistanês residente no Canadá, tendo a Royal Canadian Mounted Police (RCMP) encaminhado perguntas sobre o seu estado de imigração para o Immigration, Refugees and Citizenship Canada (IRCC).
O serviço de imigração canadiano, que já está a investigar como a triagem de segurança não identificou um pai e um filho do Egito acusados em julho de planear um ataque do ISIS em Toronto, não emitiu nenhum comunicado oficial sobre o caso até ao fecho desta peça.
As autoridades americanas disseram, a 6 de setembro, que Khan estava supostamente a planear um tiroteio em massa num centro judaico em Brooklyn, Nova Iorque, a 7 de outubro, aniversário do ataque do Hamas que matou 1.200 pessoas em Israel.
De acordo com uma queixa criminal dos EUA, Khan começou a expressar o seu apoio ao ISIS nas redes sociais em novembro passado. Em conversa com dois polícias disfarçados e um informante do FBI, ele terá dito que se queria juntar à filial do ISIS na África Ocidental e enviar dinheiro para o ISIS-K no Sul da Ásia.
Há dois meses, ele começou a discutir um ataque coordenado a prédios da comunidade judaica, envolvendo tiroteios em massa ao redor de centros religiosos judaicos e locais de reunião, segundo informação do FBI.
O departamento de Justiça acrescentou ainda que Khan também forneceu detalhes sobre como cruzaria a fronteira do Canadá para os EUA. O suspeito terá indicado a 20 de agosto, que o ataque ocorreria na cidade de Nova Iorque, num centro judaico em Brooklyn. Khan supostamente enviou também fotos e vídeos do prédio para os agentes disfarçados, pedindo-lhes que arranjassem ‘rifles’ AR-15 e facas de caça para cortar gargantas.
Khan alegadamente elaborou um plano detalhado, sugerindo que, ao ocorrer num espaço fechado, a polícia teria menos probabilidades de o interromper.
A 4 de setembro, a polícia seguiu-o desde que saiu de Toronto às 5h40 am com um passageiro não identificado e foi de carro para Napanee, Ontário. Eles trocaram de veículo e seguiram para Montreal, onde novamente trocaram de veículo antes de seguirem em direção à fronteira. A detenção ocorreu às 2h54 pm.
O suspeito foi inicialmente detido por três acusações de terrorismo, mas foi novamente preso sob um mandado de extradição emitido pelos EUA.