Uma interrupção generalizada de tecnologia provocou o caos em todo o mundo, com o cancelamento de ligações aéreas, de consultas e tratamentos hospitalares. A falha também colocou bancos e meios de comunicação social fora do ar.
Esta apagão global que afetou empresas e serviços ao redor do mundo, pôs em evidência a dependência de alguns provedores ao software.
A empresa de segurança cibernética CrowdStrike referiu que o incidente não foi resultado de falha na segurança ou ataque cibernético, mas sim de uma atualização com defeitos, implementada em computadores e sistemas que executam o Microsoft Windows.
A Microsoft 365 rapidamente iniciou trabalhos de correção e reparação do sistema, mas as falhas continuaram a aumentar. A empresa aconselhou os utilizadores a restaurarem os computadores para a versão que tinham antes do lançamento da atualização de 19 de julho.
Mas o inevitável aconteceu e foram várias as longas filas que se formaram nos aeroportos de todo o mundo. O aeroporto Internacional Toronto Pearson e o aeroporto Billy Bishop Toronto City confirmaram a necessidade de interrupção de algumas companhias aéreas, nacionais e internacionais, o que gerou atrasos e cancelamentos de voos.
Para além das ligações aéreas, o site DownDectector, que rastreia interrupções de internet relatadas por utilizadores, registou, também, interrupções em serviços bancários da Visa, ADT Security e Amazon.
A comunicação social também foi afetada, com alguns meios de transmissão que ficaram offline e impossibilitaram o funcionamento habitual.
Em Toronto, à semelhança de outros países, também alguns hospitais foram afetados. O apagão causou atrasos na prestação de serviços de saúde e consultas, levando mesmo ao cancelamento de alguns procedimentos médicos.
A University Health Network (UHN), que gere o Princess Margaret, o Toronto General, o Toronto Rehab, o Toronto Western, o West Park Healthcare Centre e o The Michener Institute of Education, divulgou no X que os seus sistemas foram afetados, mas tentaram remarcar as consultas que foram prejudicadas.
As forças de segurança, como a Polícia de Toronto, não referiram impactos no funcionamento dos seus serviços.