A principal suspeita do assassinato da presidente do Conselho Provincial de Léon, Isabel Carrasco, confessou à polícia espanhola esta quarta-feira que cometeu o crime por “vingança pessoal” e que o planeou executar em várias ocasiões.
María Montserrat González Fernández, de 55 anos, foi detida pela polícia pouco tempo depois de ter baleado Isabel Carrasco, na segunda-feira, ao que tudo indica por vingança pelo tratamento dado à filha da suspeita, também detida, e que tinha sido afastada do cargo que exercia no Conselho Provincial.
A suspeita e a sua filha, Montserrat Triana Martínez González, de 35 anos negaram inicialmente a declarar mas a primeira acabou por confessar ser autora do crime.
O revólver que usou para matar Carrasco, com três tiros, foi entregue posteriormente por uma agente da polícia local que a disse ter recebido da autora dos disparos.
A autora confessa do crime disse à polícia que planeou o crime várias vezes antes de finalmente o executar na segunda-feira, pouco depois das 17:00.
O crime causou ampla consternação em Espanha, levando à suspensão de praticamente toda a campanha eleitoral para o voto europeu, com vários dirigentes espanhóis, incluindo o presidente do Governo, Mariano Rajoy e o seu antecessor, José Luis Rodriguez Zapatero, a participarem no funeral.
Mãe e filha foram detidas pouco depois do crime após terem sido seguidas por uma das testemunhas do crime, um agente policial que estava fora de serviço. O marido da autora confessa do crime é inspetor chefe da Polícia em Astorga (León), mas Pablo Antonio Martínez, foi já a seu pedido, substituído nesse cargo.
A agente foi interrogada e saiu em liberdade depois de ser constituída arguida, ficando agora à espera de ser ouvida no tribunal de instrução do caso.
Hoje, o ministro do Interior, Jorge Fernández Díaz, afirmou que o caso “está bastante esclarecido”, permanecendo ainda, formalmente, em segredo de justiça.