Os principais ministros do Ontário minimizaram, na quinta-feira, a decisão da Moodys Investors Service de mudar a perspetiva da dívida do Ontário de estável para negativa, mas a oposição advertiu que um (caro) “downgrade” do crédito pode em breve acontecer.
A Moody’s anunciou a mudança do outlook da província na quarta-feira, enquanto confirmava o rating de crédito do Ontário (As2), citando as preocupações sobre a capacidade do governo Liberal em eliminar um défice de $12.5 mil milhões até 2017-18, como previsto.
“Depois de vários anos de fraco a moderado crescimento económico, e défices maiores do que anteriormente previstos, projetados para os próximos dois anos, a província está a enfrentar um desafio maior para regressar a resultados equilibrados do que o previsto anteriormente”, disse a agência de notação financeira em comunicado.
O ministro das Finanças Charles Sousa referiu que os liberais tomaram medidas para controlar os gastos e estão à procura de mais poupanças no sistema, e reivindicou que as agências de rating e os bancos que emprestam o dinheiro do governo não estão preocupados com a sua enorme dívida. Mas a oposição disse que a decisão da Moody’s era inteiramente previsível, porque os liberais afirmaram que o orçamento de 14 de julho seria idêntico ao do orçamento de 1 de maio que desencadeou a campanha eleitoral de 12 de junho, um plano que a agência definiu como “crédito negativo”.
A presidente do Conselho do Tesouro Deb Matthews, a quem foi dado poderes ampliados para encontrar centenas de milhões de dólares em mais poupanças, seguiu o exemplo de Sousa, sugerindo que o outlook negativo da Moody’s não era assim tão importante.