São Tomé,04 nov 2020 (Lusa) – O Serviço de Estrangeiros e Fronteiras português (SEF) concluiu hoje uma capacitação à sua congénere são-tomense sobre tráfico de seres humanos e crianças em risco e apetrechou a instituição com equipamentos de melhoria de técnicas de investigação.
A formação, que durou uma semana, foi promovida pelo projeto RIMM, uma parceria entre o SEF e os Serviços de Migração e Fronteiras são-tomense (SMF), financiadas pela União Europeia e pelo orçamento do Estado português.
“São Tomé e Príncipe tem uma população muito jovem e tem caraterísticas muito particulares não só em atenção como de tratamento e encaminhamento a níveis institucionais”, justificou disse Diana Tavares, formadora do SEF.
Explicou que a oferta dos equipamentos para a instalação de um laboratório incluem a entrega de uma impressora para unidade e risco que estava em falta no quadro de um projeto iniciado no ano passado, estando apenas em falta o mobiliário que “está em processo de aquisição”.
“Vamos criar as condições para que os Serviços de Migração e Fronteiras possa começar a elaborar produtos analíticos que deem apoio também ao controlo de fronteiras a nível de analise de informação, analise de risco migratório”, explicou Diana Tavares.
A formadora do SEF referiu que a cooperação nessas matérias entre as duas instituições iniciou-se em 2018, sublinhando que já no ano passado a instituição portuguesa já havia entregado alguns equipamentos a sua congénere, com vista a criar “um processo de identificação civil robusto e seguro”.
“Nesse sentido, entregámos uma impressora com uma tecnologia muito própria para a impressão dos bilhetes de identidade em condições muito mais fiáveis, muito mais seguras e para testar a importância crucial na credibilidade dos seus próprios documentos, não só na identificação como os documentos de viagem”, acrescentou Diana Tavares.
A diretora da SMF reconhece a importância da formação justificando-a com o fato de que que a “prática do tráfico de seres humanos cada dia que passa tem adquirido novas formas”.
A formação, que se enquadra nos objetivos do projeto de luta contra o trafico de seres humanos, especialmente crianças, visou particularmente os agentes de controle de fronteiras, bem como ações de informação e prevenção junto das potenciais vitimas.
“Esse reforço institucional quer em formação de quadros, quer em termos de equipamentos vem trazer um maior aporte aos nossos Serviços de Migração e Fronteira”, disse o Ministro da Defesa e Ordem Interna, Óscar Sousa.
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