Só 10 mil pessoas conseguiram emprego no mês de julho, baixando em duas décimas a taxa de desemprego para os 16,5%. Apesar de ser o terceiro mês consecutivo que o desemprego desce, por cada um que conseguiu trabalho perto de 90 continuaram no desemprego. Portugal fechou o mês de julho com 878 mil desempregados.
Os números foram ontem revelados pelo Eurostat, o gabinete europeu de estatísticas, e colocam o País no quinto lugar do desemprego a nível da União Europeia. Com Portugal a deixar de ser o terceiro país da EU com uma taxa de desemprego mais elevada, Grécia (17,6%), Espanha (26,3%), Chipre (17,3%) e Croácia (16,7%) lideram o top. Mesmo assim, os 16,5% de Lisboa deixam Portugal bastante acima da média da União Europeia que se fixa nos 11%.
Quando se considera apenas o desemprego jovem – com menos de 25 anos –, Portugal também se encontra nos lugares cimeiros, com uma taxa de desemprego de 37,4%, atrás de Espanha e Itália. O desemprego jovem afeta, no caso português, 139 mil indivíduos, o que compara com 147 mil no mês de junho.
Apesar da redução em termos mensais, se analisarmos os dados em termos homólogos, a realidade é de que o desemprego está agora mais elevado do que os valores registados em julho de 2012: 16%.
A Comissão Europeia considerou “encorajador” que vários países, como Portugal, tenham vindo a reduzir ligeiramente a taxa de desemprego, mas advertiu que “a situação ainda é muito frágil” e “não é tempo para celebrações nem complacência”.
“Após seis trimestres de recessão e 10 trimestres de desemprego crescente”, apontou o comissário europeu do Emprego, László Andor, é “encorajador que muitos países tenham conseguido reduzir ligeiramente o desemprego”, mesmo num contexto económico adverso.