Os bancos canadianos financiaram quase 104 mil milhões de dólares em combustíveis fósseis no ano passado, apesar da necessidade urgente de reduzir as emissões, segundo o último relatório anual Banking on Climate Chaos.
O relatório, publicado na segunda-feira, 13 de maio, por uma coligação de grupos de defesa do clima, refere que o total inclui 28,2 mil milhões de dólares do RBC, que ocupa o sétimo lugar a nível mundial, e 24 mil milhões de dólares do Scotiabank, que ocupa o décimo lugar.
O conjunto dos 60 maiores bancos comprometeu-se com 708 mil milhões de dólares.
Para a maioria dos cinco maiores bancos do Canadá, 2023 estava entre os níveis mais baixos de financiamento de petróleo e gás nos oito anos desde o acordo climático de Paris.
O BMO teve seu ano mais baixo de financiamento de combustíveis fósseis desde 2016, com 15.8 mil milhões de dólares. O CIBC, o TD e o RBC registaram os valores mais baixos, com exceção do ano pandémico de 2020, tendo sido o quarto ano mais baixo para o Scotiabank.
Os objetivos climáticos dos bancos são de longo prazo, incluindo o seu objetivo de emissões líquidas nulas para 2050. Apenas o BMO estabeleceu um objetivo de redução absoluta antes dessa data.
O relatório refere que as empresas por detrás dos projetos se encontram entre os principais beneficiários de financiamento para a expansão dos combustíveis fósseis a nível mundial. A TC Energy Corp. obteve 15,3 mil milhões de dólares dos 60 bancos abrangidos pelo relatório, enquanto a Trans Mountain Corp. obteve 9,54 mil milhões de dólares.
A Enbridge Inc., sediada em Calgary, ficou em primeiro lugar, com 35 mil milhões de dólares obtidos, embora o relatório conte o dinheiro que utilizou para aquisições e para aumentar a capacidade dos oleodutos.
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