Um menino britânico de quatro anos enfrentou corajosamente os terroristas que atacaram o centro comercial Westgate, em Nairobi, Quénia, conseguindo escapar ao destino de dezenas de outras pessoas, incluindo muitas crianças, que foram chacinadas impiedosamente.
Elliot Prior estava com a mãe, Amber, e com a irmã, Amelie, de 6 anos,no supermercado, no sábado, quando os terroristas irromperam no local a disparar. Baleada numa coxa, Amber refugiou-se com os filhos atrás de um balcão. Meia hora depois, um terrorista regressou e gritou que as crianças que estivessem vivas podiam sair. Amber arriscou e saiu do esconderijo com os filhos, e foi então que o pequeno Elliot se dirigiu ao terrorista: “És um homem muito mau”, gritou corajosamente.
O atacante acercou-se e pediu desculpa, alegando que o Islão não era “uma má religião”. “Disse para me converter e pediu perdão”, conta Amber. O terrorista pegou então em várias barras de chocolate, deu-as às crianças e deixou-as sair. A foto de Elliot e da irmã com os chocolates na mão junto a um corpo correu mundo.
Quatro dias após o ataque inicial, o presidente queniano anunciou ontem o fim da operação para resgatar os reféns, adiantando que os terroristas foram “humilhados e derrotados”. Uhuru Kenyatta disse ainda que o ataque custou a vida a 61 civis e seis militares, e que vários corpos estão ainda sob os escombros de um parte do edifício que desabou. Quanto a os terroristas, cinco foram mortos e 11 detidos.
A MNE do Quénia, Amina Mohamed, dissera antes que entre os terroristas abatidos estavam dois ou três norte-americanos e uma britânica “com muita experiência neste tipo de ataques”, reforçando as especulações de que se trata de Samanta Lewthwaite, conhecida como a ‘Viúva Branca’, a mulher de um dos suicidas que levaram a cabo os atentados de Londres em 2005.