Lisboa, 16 jun 2020 (Lusa) – Quase dois terços (65%) da superfície do Continente era ocupada em 2018 por área florestal e agrícola, com as regiões Centro e Norte do país a ocuparem as maiores proporções de floresta e de área agrícola, divulgou hoje o INE.
De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), as classes de uso e ocupação do solo apresentavam em 2018 padrões territoriais de sobrevalorização diferenciados ao nível local, salientando-se um conjunto de 16 municípios onde a proporção de territórios artificializados era seis vezes superior à registada no continente.
Entre 2015 e 2018, a superfície das classes referentes às massas de água superficiais, aos territórios artificializados e às áreas agrícolas foram as que mais cresceram no Continente, registando a superfície afeta à área de pastagens o maior decréscimo relativo.
Por sua vez, as áreas agrícolas, florestais, de pastagens e de matos apresentaram alterações territoriais mais expressivas, registando as áreas florestais, de pastagens e de matos saldos negativos nas transições de uso e ocupação do solo e as áreas agrícolas um saldo positivo.
Ao nível regional as áreas agrícolas apresentaram um saldo positivo em todas as regiões do Continente e nas regiões Centro, Alentejo e Algarve, ao contrário do Continente, registaram-se também ganhos de área florestal.
A região Centro apresentou a maior proporção de área florestal (50,1%) e a região Norte a maior proporção de área agrícola (29,3%), salientando-se que a presença desta última classe, área agrícola, era também significativa na Área Metropolitana de Lisboa (27,4%) e no Alentejo (27,3%).
A Área Metropolitana de Lisboa destacou-se também pela maior proporção de área de territórios artificializados (21,7%) e de massas de água superficiais (6,2%).
A região do Alentejo apresentou a maior proporção de superfícies agroflorestais (20,8%) e área de pastagens (12,1%), enquanto o Algarve assinalou a maior extensão de área de matos (26,6%).
As Estatísticas de Uso e Ocupação do Solo disponibilizam informação para Portugal continental que permite caracterizar a diferenciação regional e local do uso e ocupação do território e as dinâmicas de alteração ao longo do tempo com base numa nomenclatura harmonizada de nove classes de uso e ocupação do solo: territórios artificializados, área agrícola, área de pastagens, superfícies agroflorestais, área florestal, área de matos, espaços descobertos ou com pouca vegetação, 8zonas húmidas e massas de água superficiais.
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