PUTIN APELA A CESSAR-FOGO NA UCRÂNIA

putinO presidente russo, Vladimir Putin afirmou neste domingo que a artilharia foi usada em combates durante a noite no leste da Ucrânia e Kiev pediu para cessar a luta e garantir o diálogo com os rebeldes.

O chefe de estado russo acusa a Ucrânia de ser responsável pelo recurso a meio de artilharia e diz que é preciso garantir um cessar-fogo e que toda e qualquer luta seja interrompida, numa declaração ao canal de televisão Rossiya-24.

Putin elogiou ainda o pedido de cessar-fogo feito pelo presidente ucraniano Petro Poroshenko, mas disse que o diálogo pacífico entre Kiev e os habitantes do leste da Ucrânia deve começar.

No terreno vários combates foram registados na última noite entre o exército e rebeles federalistas pró-russos apesar do cessar-fogo decretado unilateralmente por Kiev para aplicar um plano de paz considerado irrealista por Moscovo.

A rejeição das condições de paz para pôr termo a uma rebelião no leste, onde os combates entre insurretos e forças militares já provocaram pelo menos 375 mortos, coincidiu com novas críticas dos Estados Unidos à Rússia, quando Putin decidiu colocar “em estado de alerta” as tropas do distrito militar central do país. Antes, a Rússia tinha já confirmado o reforço das suas tropas na fronteira com a Ucrânia.

Para o líder russo, o plano de paz de Poroshenko, Presidente ucraniano não deve surgir como uma forma de ultimato para os revoltosos, assim declarou e em jeito de recado, adiantou que “Caso não seja seguido de passos concretos para o início de um diálogo, o plano proposto não será nem viável nem realista”.

O líder do Kremlin, no entanto, admite um apoio ao princípio do cessar-fogo.

Esta ordem unilateral, que entrou em vigor sexta-feira às 22:00 locais (20:00 em Lisboa) pretende a deposição das armas pelos rebeldes e o início de um ambicioso plano de paz, incluindo a formação de uma zona-tampão ao longo da fronteira russo-ucraniana.

O cessar-fogo deve expirar em 27 de junho, dia em que a ex-república soviética deverá assinar um acordo de associação com a União Europeia (UE), que também implica um maior afastamento da órbita russa.

Nas últimas horas, a Ucrânia denunciou um ataque separatista contra guardas-fronteiriços na região de Donetsk, um dos bastiões rebeldes, e acrescentou que os guardas responderam poucos minutos depois, com um balanço de nove feridos.