O governo provincial vai desenvolver normas imperativas que regem os controlos de rua da polícia, num esforço para aliviar as preocupações que os jovens adultos de raça negra e branca estão a ser desproporcionalmente alvo da prática.
O ministro da Segurança Comunitária e Serviços Correcionais Yasir Naqvi anunciou na terça-feira de manhã que a província vai criar um grupo de trabalho durante o verão que vai ajudar a elaborar as novas regras com o objetivo de ter os regulamentos em vigor no outono, noticiou a CP24.
O anúncio surge dois dias antes de uma reunião do Conselho dos Serviços da Polícia de Toronto, na qual se espera que o presidente John Tory defenda o cancelamento permanente da prática de “carding”.
De acordo com Naqvi, o grupo de trabalho sobre carding vai incluir representantes de várias organizações comunitárias, organizações de liberdade civil e parceiros de policiamento, bem como o Comissário para a Privacidade e Informação do Ontário, Brian Beamish.
O grupo vai olhar para questões que vão desde as circunstâncias em que a polícia está autorizada a pedir informações a um indivíduo, os direitos daqueles a quem estão a ser solicitadas informações e as regras que regem a retenção dessas informações.
Os pedidos de opositores do “carding” a exigir que a polícia informe aqueles que eles mandam parar que eles não são obrigados a fornecer as suas informações também serão considerados, disse Naqvi.
O Serviço de Polícia de Toronto tem enfrentado fortes críticas nos últimos meses em relação ao “carding” e há duas semanas Tory disse que a prática tem “erodido a confiança do público para um nível que é claramente inaceitável”.
Falando com repórteres, Naqvi salientou que os “pedidos de reformas” na prática de “carding” têm sido mais audíveis em Toronto, mas também estão a acontecer em outras partes da província, onde a prática é mais comumente conhecida como “street checks”.
Uma moratória sobre “carding” em Toronto foi posta em prática em janeiro e continua em vigor, embora a polícia tenha dito que esta seria retomada em algum momento sob a chefia policial de Mark Saunders.