“PROVAS SÓLIDAS” DE GENOCÍDIO CONTRA MINORIA ROHINGYA NA BIRMÂNIA — ESTUDO

LusaBanguecoque, 29 out (Lusa) — A perseguição sistemática da minoria muçulmana rohingya na Birmânia oferece “provas sólidas” para a qualificar como um ato de genocídio, conclui um estudo jurídico apresentado hoje em Banguecoque, em que se pede à ONU que estabeleça uma comissão de inquérito.

O documento, elaborado pela Faculdade de Direito da Universidade de Yale, nos EUA, refere que as autoridades birmanesas cometeram violações contra os rohingya com a intenção de eliminar “parte ou totalmente” esta minoria.

A Birmânia não reconhece a cidadania dos rohingya — considerados pelas Nações Unidas como a minoria étnica mais perseguida em todo o mundo — que viram a sua condição agravar-se em 2012 na sequência de surtos de violência sectária com a maioria budista do estado de Rakhine, no oeste do país, que resultaram em dezenas de mortos.