PROTESTO JUNTA 2 AUTARCAS DO ALGARVE

urgenciaOs presidentes das câmaras de Loulé e São Brás de Alportel juntaram-se num protesto frente à entrada da Urgência Básica de Loulé esta quarta-feira, no local onde a falta de médicos tem impedido o atendimento dos utentes daqueles concelhos.

Há vários meses que vêm a público notícias de rutura de pessoal e material no Serviço de Urgência Básica (SUB) de Loulé e na terça-feira o SUB esteve impedido de abrir entre as 08:00 e as 09:15 por falta de médicos, situação que se repetiu esta quarta-feira das 08:00 às 11:20.

O serviço reabriu ao público, em ambos os dias, quando um médico do Centro de Saúde de Loulé é transferido para o local, obrigando ao cancelamento e remarcação de consultas, em alguns casos para o final de agosto.

Na base do problema está uma luta para a atribuição de responsabilidade dos SUB algarvios entre a Administração Regional de Saúde e o Centro Hospitalar do Algarve (CHA), pois apesar do despacho do Ministério da Saúde no final de maio, que passa a responsabilidade de gestão daqueles serviços para o CHA, o presidente do conselho de administração, Pedro Nunes, tem vindo a afirmar que aquele centro hospitalar só vai assumir os SUB quando forem transferidas verbas para o efeito.

Enquanto a situação não é resolvida, a câmara de Loulé tem vindo a empenhar esforços e meios para resolver situações pontuais, tendo Vitor Aleixo explicado que o município já forneceu tinteiros para as impressoras do Centro de Saúde de Quarteira, paga os postos de atendimento do interior do concelho, tem disponibilizado viaturas para as consultas de ambulatório e vai passar a pagar, pelo menos num caso, a deslocação de médicos para o interior do concelho.

O mapa de pessoal do SUB de Loulé contempla 11 médicos, 16 enfermeiros, seis assistentes técnicos e seis assistentes operacionais, mas de acordo com um comunicado divulgado pelos deputados do PCP, tem atualmente sete enfermeiros, mais dois cedidos pelo Centro de Saúde de Loulé desde 01 de junho, dois assistentes técnicos e quatro assistentes operacionais.

Os turnos da noite são assegurados por dois médicos por turno do Centro de Saúde de Loulé e os turnos do dia que até 01 de abril eram assegurados por médicos cubanos e por empresas de trabalho temporário, passou a contar apenas com os profissionais enviados pelas empresas de trabalho temporário, resultando nas dificuldades denunciadas.

O presidente da câmara de São Brás de Alportel vincou que os problemas vividos naquele serviço em Loulé ainda que mais acentuados também são vividos noutros serviços da região, dando como exemplo a falta de auxiliares no SUB de Albufeira