Os professores decidiram ontem prolongar a greve às avaliações dos alunos por mais uma semana, estendendo-se agora entre 24 e 28 de junho. O pré-aviso será entregue segunda-feira, data da greve dos docentes que coincide com a realização do exame nacional de Português do Ensino Secundário. Só no dia 21, após ouvir os professores, será decidido concretizar-se a greve às avaliações. A única maneira de cancelar todas as formas de protesto, sustentam os professores, é o Ministério da Educação recuar na inclusão dos docentes no regime de mobilidade especial da Função Pública e no alargamento do horário de trabalho das 35 para as 40 horas semanais.
Numa derradeira tentativa de se encontrar um consenso, o ministro da Educação, Nuno Crato, aceitou o pedido dos professores para um período de negociação suplementar. Em entrevista à RTP, o ministro garantiu que vai pedir aos sindicatos para se reunirem ainda hoje. “O diálogo é difícil”, admitiu Nuno Crato, reconhecendo nada poder fazer em relação à mobilidade especial e ao aumento do horário de trabalho: “Está fora da nossa área. São questões da reforma geral da Administração Pública. Não há razões para os professores não estarem vinculados a essa reforma.”