O Presidente nigeriano anulou esta sexta-feira a visita que tinha programado a Chibok, a localidade onde as mais de 200 estudantes foram raptadas há mais de 1 mês, por motivos de segurança.
O gabinete de Goodluck Jonathan confirmou a anulação da viagem que deveria ser uma visita de surpresa, mas acabou por ser anunciada ao fim da tarde de quinta-feira.
Já esta manhã o país acordou com a notícia dum ataque das forças de segurança a um grupo armado, que terá resultado na morte de 200 elementos do grupo radical Boko Haram que reivindicou a autoria do rapto em troca de prisioneiros do movimento.
A visita do presidente da Nigéria ao local do rapto seria o primeiro gesto político sobre o problema numa altura em que o poder nigeriano tem recebido fortes críticas dos Estados Unidos pela gestão desta crise que dura há um mês.
Depois duma reunião com as chefias militares e os serviços de segurança, os deputados da Nigéria aprovaram por unanimidade o prolongamento do estado de emergência em vigor há um ano em três estados do nordeste do país, principais palcos de ações do grupo radical Boko Haram e o avale do Senado deverá acontecer na próxima terça-feira depois do pedido do próprio chefe de estado para que seja prolongado por mais 6 meses.
Depois desta visita a Chibok, o presidente Jonathan tinha programado ir a Paris, para participar na cimeira internacional marcada para amanhã, por iniciativa da França para se desenhar uma estratégia de luta internacional contra o movimento Boko Haram.