No sul do país, uma bomba matou dois polícias e feriu outros dois na cidade de Qalat e quatro eleitores ficaram feridos numa explosão na província de Logar, centro do Afeganistão, durante as eleições presidenciais para escolher o sucessor de Hamid Karzai.
Os boletins de voto acabaram em várias cidades e o encerramento das urnas teve de ser adiado por uma hora.
Em Cabul, centenas de pessoas esperaram em fila o momento de votar para eleger o sucessor de Karzai entre oito candidatos numa eleição que, pelo menos formalmente, será a primeira transição democrática na história do Afeganistão.
Com as tropas da NATO de partida, quase tudo depende agora desta eleição apesar do processo se adivinhar demorado e de se temerem fraudes e calcula-se que haja 12 milhões de eleitores, mas desde 2004 foram distribuídos 21 milhões de cartões de eleitor.
A missão de observadores da União Europeia denunciou a suspensão por parte das autoridades do serviço de SMS durante a eleição, que diz minar o trabalho dos observadores e constituir um risco para a transparência das eleições.
Os três candidatos considerados favoritos são Abdullah Abdullah, antigo ministro dos Negócios Estrangeiros, derrotado nas últimas presidenciais, Ashraf Ghani, ex-ministro das Finanças, que trabalhou no Banco Mundial e Zalmai Rassoul, médico pessoal do último rei afegão e que foi até há pouco tempo conselheiro para a segurança nacional de Karzai.
A comissão eleitoral prevê divulgar os resultados provisórios depois de 24 de Abril e, em caso de necessidade, a segunda volta será a 28 de Maio.