PÓS-TROIKA VOLTA À MESA DO CONSELHO DE ESTADO

conselho de estadoO Conselho de Estado reúne na quinta-feira pela segunda vez consecutiva para discutir o pós-troika, período para o qual o Presidente da República defende o relançamento da economia e um compromisso entre PSD, PS e CDS-PP.

A reunião do órgão político de consulta do Presidente da República terá como ordem de trabalhos a “situação económica, social e política, face à conclusão do programa de ajustamento e ao acordo de parceria 2014-2020 entre Portugal e a União Europeia para os fundos estruturais”.

O compromisso entre os partidos da maioria governamental e o maior partido da oposição deverá estar em cima da mesa, sendo recorrente em apelos do Presidente da República, sobretudo em ligação com o período pós-troika.

O conselheiro de Estado e ex-presidente do PSD Marques Mendes relacionou também o tema dos fundos estruturais, incluído na ordem de trabalhos, com esta necessidade de consenso defendida pelo Chefe de Estado, já que, disse na SIC, esta é uma matéria de “consenso já efetivo entre Governo e entre PS”.

O também conselheiro de Estado e ex-presidente do PSD Marcelo Rebelo de Sousa afirmou, na TVI, que só por milagre um compromisso entre PSD, PS e CDS-PP se conseguirá desenhar.

O secretário-geral do PS, António José Seguro, e também conselheiro de Estado introduziu um tema pouco consensual entre aqueles três partidos e o Presidente, ao manifestar esperança que a reunião seja “útil” na criação de um “consenso nacional em torno da necessidade da renegociação das condições de pagamento da dívida”.

Alberto João Jardim criticou Seguro, considerando que a situação interna do PS faz com que o líder socialista tenha uma posição “fragilizada” para poder fazer propostas no Conselho de Estado, órgão no qual o presidente do Governo Regional da Madeira tem assento e a cuja reunião disse que compareceria.

O Presidente da República tem feito dos apelos ao consenso um tema recorrente das suas intervenções. No discurso do dia 10 de Junho, defendeu que existe um “preço muito elevado” que se poderá pagar se um entendimento partidário continuar a ser adiado, apontando o período até à discussão do Orçamento como o indicado para “o tempo de diálogo”.