A colocação de 3 mil milhões de euros em dívida a 10 anos permitiu a Portugal conseguir financiamento para 2014 e está a pré-financiar o défice de 2015.
Em comunicado, o IGCP adianta que a taxa de juro média para esta emissão a 10 anos ficou nos 5,112% e a procura total por esta linha atingiu os 9,8 mil milhões de euros, dos quais 975 milhões de euros dizem respeito a dívida comprada pelo sindicato bancário escolhido para gerir esta operação.
Segundo o instituto que gere a dívida pública, depois desta operação, Portugal já arrecadou nos mercados 6,25 mil milhões de euros de financiamento a longo prazo, “atingindo um marco importante ao começar a pré-financiar 2015 e a construir uma almofada de tesouraria”.
Apesar da cobertura das necessidades de financiamento de médio e longo prazo já feita para 2014, o IGCP pensa voltar ao mercado ainda na primeira metade do ano para mais emissões de obrigações do tesouro para “promover a liquidez do mercado e o funcionamento eficiente do mercado primário e secundário” de dívida.
Sobre os compradores da dívida, o IGCP diz que os investidores da Escandinávia (15%) e do Benelux (12%) aumentaram o nível de compras face a emissões anteriores.
O Reino Unido continuou a ser o maior comprador, com os investidores a ficarem com 26% da dívida colocada, enquanto que os investidores nacionais compraram 17% dos 3 mil milhões de euros.
Os investidores internacionais asseguraram assim 83% da colocação hoje realizada, sendo que as seguradoras e fundos de pensões ficaram com 9%.
Na próxima semana, responsáveis da Agência de Gestão do Crédito Público irão a Nova Iorque para se encontrar com investidores, com o objetivo de continuar a preparar terreno para o regresso de Portugal aos mercados.