
A preocupação com a escalada de violência na Faixa de Gaza levou o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros português a fazer um apelo à contenção das ações e à promoção do diálogo entre palestinianos e israelitas, esta sexta-feira.
Rui Machete afirma que está naturalmente preocupado, depois do Conselho de Segurança das Nações Unidas ter manifestado na quinta-feira igualmente a sua natural preocupação com o fenómeno.
À margem da conferência internacional “A Segurança no Golfo da Guiné”, que decorre ao longo do dia no Ministério dos Negócios Estrangeiros, em Lisboa, o governante indicou ainda que que há problemas graves de desproporcionalidade na reação por parte dos israelitas, mas sublinhou que as ações do Hamas também devem ser condenadas por violarem direitos fundamentais, acrescentando que uns e outros têm cometido essas violações.
O governo português apela à contenção e à procura de vias para “cessar rapidamente” o atual conflito violento lembrando que os Estados unidos ofereceram-se como mediador, é um esforço importante, mas o que é mais importante ainda é que os dois contendores procurem minimizar as ações e se encaminhem para o diálogo.
O secretário-geral da Organização das Nações Unidas, o sul-coreano Ban Ki-moon, pediu na quinta-feira o cessar-fogo na reunião de emergência do Conselho de Segurança, após apelos semelhantes da Rússia e dos Estados Unidos.
Mais de 80 palestinianos morreram nos últimos dias em consequência de bombardeamentos da Força Aérea israelita, na maior ofensiva contra a Faixa de Gaza desde 2012.
Desde o início da operação, cerca de 300 rockets foram disparados da Faixa de Gaza contra território israelita.
A operação foi lançada depois de extremistas judeus terem queimado vivo um adolescente palestiniano, numa aparente retaliação pelo rapto e homicídio de três adolescentes israelitas na Cisjordânia.