PORTAS ABRE CONTA EM BANCO ALEMÃO

Em Portugal, o Deutsch está sob lei alemã
Em Portugal, o Deutsch está sob lei alemã
Em Portugal, o Deutsch está sob lei alemã
Em Portugal, o Deutsch está sob lei alemã

Paulo Portas tem uma parte das suas poupanças no Deutsche Bank. Em Portugal, este banco é uma sucursal protegida por lei alemã desde agosto de 2011, pouco mais de dois meses após o nosso país ter sido alvo da ajuda financeira externa da troika.
As últimas declarações de rendimentos apresentadas pelo atual vice-primeiro-ministro no Tribunal Constitucional revelam que Paulo Portas colocou no Deutsche Bank 80 mil euros após agosto de 2011, altura em que o risco financeiro de Portugal e dos bancos portugueses era um dos mais elevados do Mundo.
Quando entregou as declarações de rendimentos relativas à cessação de funções de deputado e início do cargo de ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas declarou ter mais de 159mil euros numa conta solidária no Banco Popular. Já na declaração de rendimentos apresentada em agosto deste ano, relativa ao início de funções como vice-primeiro-ministro, o governante referiu ter “80 mil euros em conta solidária no Deutsche Bank”.
Comparando as datas de entrega das três declarações de rendimentos no Tribunal Constitucional, conclui-se que essa poupança foi colocada no banco alemão após agosto de 2011, justamente a altura a partir da qual o Deutsche Bank passou a estar sujeito ao risco da casa-mãe alemã. Perante esta situação, o CM tentou saber, através de uma pergunta enviada por e-mail e por SMS ao seu assessor de imprensa, se Paulo Portas tinha colocado uma parte das suas poupanças num banco alemão por não ter confiança nos bancos portugueses. Até ao fecho desta edição, não obtivemos qualquer resposta a essa pergunta.
A última declaração de rendimentos revela também que Paulo Portas investiu, desde agosto de 2011, algumas poupanças na compra de obrigações do BCP e da CGD, uma forma de financiamento dessas instituições: no primeiro caso, aplicou 2584 euros; no segundo, fez um investimento de 2 500 euros.
O atual vice-primeiro-ministro declarou ter ainda poupanças no Banco Santander e no Banco Popular: no primeiro caso, 100 mil euros num depósito a prazo; no segundo, pouco mais de 52 mil euros em obrigações. No total, Paulo Portas tem poupanças num valor superior a 237 mil euros.