Política internacional: EUA não dão “isenção especial” à Índia após assassínio no Canadá

Os Estados Unidos da América (EUA) estão em contacto com dirigentes da Índia, depois de Ottawa ter afirmado que agentes do Governo indiano têm ligações ao assassinato de um líder separatista sikh no Canadá. Washington não está a dar à Índia nenhuma “isenção especial” nesta matéria, disse esta quinta-feira o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan.

Os Estados Unidos da América (EUA) têm procurado reforçar as suas relações com a Índia. O Presidente Joe Biden recebeu o primeiro-ministro indiano Narendra Modi para uma visita de Estado à Casa Branca no início deste ano.

O país já comentou, entretanto, o alegado assassinato de um líder separatista sikh no Canadá, que de acordo com Justin Trudeau envolve agentes do Governo indiano.

Questionado sobre se o incidente pode perturbar o reforço das ligações à Índia, o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, disse que o país defenderia os seus princípios, independentemente do país afetado.

“Não existe uma isenção especial para ações como esta. Independentemente do país, levantar-nos-emos e defenderemos os nossos princípios básicos e consultaremos também de perto os nossos aliados, como o Canadá, à medida que prossegue o seu processo diplomático e de aplicação da lei”, afirmou Sullivan.

O Canadá afirmou na segunda-feira, dia 18 de setembro, que está “a investigar ativamente alegações credíveis” que ligavam agentes do Governo indiano ao assassínio de Hardeep Singh Nijjar, 45 anos, no exterior de um templo sikh em junho.

Sullivan salientou que os EUA estão em contacto com ambos os países sobre o assunto.

“Estamos em contacto permanente com os nossos homólogos canadianos (…) e também temos estado em contacto com o Governo indiano”, disse Sullivan.

Sullivan diz discordar das notícias que sugerem uma distância entre o Canadá e os EUA sobre esta questão.

“Rejeito firmemente a ideia de que existe uma clivagem entre os EUA e o Canadá. Estamos profundamente preocupados com as alegações e gostaríamos que esta investigação fosse levada por diante e que os responsáveis fossem responsabilizados”, afirmou.