O premier do Quebec, François Legault, apelou, a 19 de setembro, ao Bloc Québécois para o ajudar a derrubar o Governo Liberal federal e provocar eleições, alegando que o primeiro-ministro Justin Trudeau continua a desrespeitar a vontade da província.
Nos últimos meses, Legault tem-se manifestado fortemente contra Trudeau, acusando o primeiro-ministro e os liberais de interferirem em questões de jurisdição provincial e de se recusarem a lidar com o aumento acentuado do número de requerentes de asilo e de outros imigrantes temporários na província.
Os comentários de Legault são uma reação aos planos do líder conservador Pierre Poilievre de apresentar uma moção de não-confiança no Governo a 24 de setembro.
Se o NDP e o Bloc apoiassem a moção, o governo minoritário dos liberais cairia e os canadianos iriam às urnas mais cedo do que o previsto para as eleições gerais.
O líder do Bloc, Yves-François Blanchet, respondeu momentos depois, rejeitando o apelo e dizendo que serve os quebequenses “de acordo com o meu próprio julgamento”.
Blanchet acrescentou que tem outros planos e que quer pressionar os liberais para conseguir o máximo que puder para o Quebec, em troca do apoio do Bloc no Parlamento.
Também o líder do NDP, Jagmeet Singh, afirmou que não apoia a moção de não-confiança de Pierre Poilievre na última semana de setembro.
O anúncio de Singh, junto com o anúncio do Bloc Québécois da intenção de votar contra uma moção de não-confiança dos conservadores, garante que o país não será palco de eleições antecipadas este outono.