PNEUMONIA MATA MAIS EM PORTUGAL

Mais de 70% dos casos de morte por pneumonia ocorrem em doentes acima dos 65 anos (Foto Reuters)
Mais de 70% dos casos de morte por pneumonia ocorrem em doentes acima dos 65 anos (Foto Reuters)
Mais de 70% dos casos de morte por pneumonia ocorrem em doentes acima dos 65 anos (Foto Reuters)
Mais de 70% dos casos de morte por pneumonia ocorrem em doentes acima dos 65 anos (Foto Reuters)

As doenças respiratórias em Portugal são a quinta causa de internamento, mas a principal causa de morte em meio hospitalar. Em 2012, ocorreram 12 803 óbitos relacionados com problemas respiratórios, mais 498 do que no ano anterior, segundo um relatório da Direção-Geral da Saúde (DGS). Os dados são ainda preliminares e os números podem aumentar.
Cristina Bárbara, diretora do Programa Nacional para as Doenças Respiratórias, refere que este aumento de mortalidade relacionado com as doenças respiratórias “pode ter causas médicas, sociais ou infeções hospitalares”.
Já o diretor-geral da Saúde, Francisco George, adiantou que as causas para estas mortes estão ainda a ser investigadas, e aproveitou para apelar à vacinação contra a gripe, “ como forma de evitar complicações” como a pneumonia. Este problema respiratório destaca-se, colocando Portugal com uma taxa de mortalidade muito acima da média europeia.
Cristina Bárbara sublinhou o facto de os picos de internamento por pneumonia coincidirem com a atividade gripal. Segundo a mesma responsável, mais de 70% dos casos de morte por pneumonia ocorrem acima dos 65 anos, o que pode significar que a mortalidade pela doença se trata de casos de pneumonia de fim de vida.
O documento da DGS revela ainda as assimetrias regionais da distribuição dos cuidados de saúde: as regiões Norte e de Lisboa e Vale do Tejo são as que têm mais internamento, mas é no Alentejo e no Algarve que se regista a maior mortalidade nos hospitais.
O aumento das doenças respiratórias crónicas em Portugal traduz-se também numa subida dos encargos do Serviço Nacional de Saúde (SNS) com os medicamentos para estas doenças. Estes remédios representavam 3,9% dos encargos do SNS em 2007, e passaram para mais de 6% em 2011.