PINTO DA COSTA COM EMPRESA FALIDA

Pinto da Costa injectou mais de dois milhões e meio na Imobiliária de Cedofeita
Pinto da Costa injectou mais de dois milhões e meio na Imobiliária de Cedofeita
Pinto da Costa injectou mais de dois milhões e meio na Imobiliária de Cedofeita

A Imobiliária de Cedofeita, de Pinto da Costa, que foi investigada por lavagem de dinheiro, declarou falência e fechou atividade. A empresa chegou a ser alvo de uma investigação por parte do Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa por suspeita de branqueamento de dinheiro. Pinto da Costa foi constituído arguido, mas as autoridades não conseguiram chegar ao rasto dos milhões. O caso foi arquivado no ano passado e há pouco mais de um mês a empresa encerrou. Pinto da Costa deixou de injectar dinheiro na empresa e de usar as suas contas para trocas de transacções financeiras.
A investigação à Imobiliária de Cedofeita, localizada no centro do Porto, surgiu após o escândalo do ‘Apito Dourado’. A Polícia Judiciária recebeu uma denúncia anónima que dava conta de que a imobiliária seria apenas uma empresa de fachada.
A investigação da PJ de Lisboa permitiu concluir que a Imobiliária de Cedofeita demonstrou que teve ao longo do tempo uma actividade “muito deficitária e inconsistente”, motivo pelo qual a 31 de dezembro de 2007 foi declarada a sua falência técnica. Pinto da Costa conseguiu travar na altura o encerramento através de empréstimos. Entre 1998 e 2008 transferiu para a empresa mais de dois milhões e 500 mil euros.
Após o ‘Apito Dourado’, a actividade da empresa praticamente terminou e no ano passado foi pedida a insolvência. O encerramento da actividade da empresa data de 30 de junho.
A procuradora Glória Alves – que integrava a equipa de coordenação do processo ‘Apito Dourado’ – explica no despacho de arquivamento que foram as elevadas transferências de dinheiro das contas pessoais do líder portista para a empresa que levaram a que aquela continuasse de portas abertas. A análise às contas de Pinto da Costa mostrou que aquele tinha entradas de dinheiro superiores às declaradas em IRS.