A hipótese de greve dos pilotos da TAP foi avançada pelo presidente do Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil que esta sexta-feira considerou as compensações pelo trabalho extraordinário anunciadas pela companhia como “remendos para males maiores” e salientou que os trabalhadores vão reunir-se para decidir se recorrem à paralização.
O presidente da TAP, Fernando Pinto, anunciou quinta-feira, numa circular enviada aos trabalhadores, a decisão de adotar “medidas excecionais” para compensar os funcionários pelo trabalho extraordinário realizado desde 1 de junho a fim de minimizar o impacto das perturbações na companhia junto dos passageiros o que não agradou aos sindicalistas que consideram que a companhia aérea está com problemas estruturais profundos, nomeadamente na gestão operacional.
Para os representantes dos pilotos as medidas que a TAP está a levar a cabo não se coadunam com aquilo que é o mercado concorrencial e extremamente competitivo em que a empresa está inserida, concluindo que em 30 anos nunca viram sair um piloto e em dois anos e meio saíram já 37.
O SPAC vai reunir-se esta sexta-feira para analisar a situação da transportadora aérea portuguesa.