PETIÇÃO SOBRE DESTINO DOS QUADROS DE MIRÓ DISCUTIDA NO PARLAMENTO

miróA petição foi lançada no início de janeiro para defender a permanência em Portugal de 85 quadros de Joan Miró, na posse do Estado português e vai ser discutida em plenário, na Assembleia da República, a 26 de março.
A petição é iniciativa de um movimento de artistas e outros cidadãos contra a saída dos quadros do país, que conta atualmente com 10.193 signatários, foi lançada pelo Coletivo Multimédia Perve quando foi tornado público que as obras, património do ex-Banco Português de Negócios (ex-BPN), nacionalizado em 2008, iam ser vendidas num leilão, em fevereiro, pela Christie´s.
O leilão acabou por ser cancelado pela própria leiloeira, depois de o Tribunal de Círculo Administrativo de Lisboa ter apontado ilegalidades na saída dos quadros, entretanto um segundo leilão foi anunciado para junho, mas o mês passado, Carlos Cabral Nunes, primeiro peticionário e um dos fundadores do Coletivo Multimédia Perve, garantiu que o movimento tinha enviado um pedido de classificação das obras à Direção-geral do Património Cultural, por já não se tratar apenas da questão da venda das 85 obras de Miró, embora se mantenha como pedido de classificação central, mas também tratar-se de pedir a classificação do demais património artístico do BPN, outras obras de arte que se encontram nos fundos da entidade bancária.
Os peticionários consideram que a venda, a ser concretizada, é danosa e irreversível para o país, e, por isso, levaram o caso a debate público nas redes sociais e à Assembleia da República.
A petição está disponível “online” em http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=joanmiro.