PASSOS E PORTAS ACERTAM SECRETAS

As escutas ilegais no largo do Rato seguiram para a Procuradoria-Geral da República
As escutas ilegais no largo do Rato seguiram para a Procuradoria-Geral da República
As escutas ilegais no largo do Rato seguiram para a Procuradoria-Geral da República
As escutas ilegais no largo do Rato seguiram para a Procuradoria-Geral da República

PSD e CDS têm até sexta—feira para entregar o seu projeto para a reforma dos serviços secretos. O documento está a ser acertado ao mais alto nível entre os líderes dos dois partidos, Passos Coelho (PSD) e Paulo Portas (CDS).
Ontem, a votação dos textos do PS e do BE, na comissão de Assuntos Constitucionais, foi adiada pela quarta vez. E segundo fontes da maioria, o documento só deve ser votado na sua versão final em setembro. Um dos pontos mais polémicos dos textos dos partidos da esquerda é a criação de um período de nojo – 2 a 3 anos – para quem sai dos serviços e entra no setor privado.
Ao que apurou o CM, a reforma dos serviços secretos está praticamente concluída há meses no PSD, mas só agora se avança com o documento, alinhado com o CDS ao nível das duas direções.
A votação fica a dia da para setembro, numa altura em que o PS avançou com uma queixa na Procuradoria-Geral da República sobre a suspeita de ter sido alvo de escutas, como avançou o CM, mas as diligências ainda não começaram.
Dirigentes do PS detetaram há mais de um mês que as chamadas de telemóvel se desligavam a meio de uma conversa e com ruído. Além disso, registaram-se problemas nos e-mails.
O PSD chegou a apresentar uma queixa sobre a suspeita de estar sob escuta em junho de 2011, mas o caso foi arquivado em outubro por falta de “indícios fundados da ocorrência de crime cuja investigação pudesse ainda ter lugar com êxito”.