PAÍS EM CHAMAS

No Centro do País, arderam 4 carros de bombeiros, aldeias foram cercadas e houve soldados da paz em perigo
No Centro do País, arderam 4 carros de bombeiros, aldeias foram cercadas e houve soldados da paz em perigo
No Centro do País, arderam 4 carros de bombeiros, aldeias foram cercadas e houve soldados da paz em perigo
No Centro do País, arderam 4 carros de bombeiros, aldeias foram cercadas e houve soldados da paz em perigo

Bombeiros em perigo de vida, carros de socorro queimados e populações ameaçadas pelas chamas. A região Centro voltou ontem a ser fustigada por violentos incêndios, que ameaçaram várias aldeias nos distritos de Coimbra, Viseu e Guarda.
No concelho de Penacova, Coimbra, viveram-se momentos de terror, com um incêndio de grandes dimensões que deflagrou ao princípio da tarde na localidade de Carvoeira.
Quatro carros de bombeiros foram consumidos pelas chamas e alguns soldados da paz estiveram vários minutos cerca dos pelo fogo. Quatro deles, da corporação de Vila Nova Poiares, fugiram para uma zona queimada e, devido à inalação de fumo, receberam assistência hospitalar. Acabaram por ter alta médica ao início da noite.
“Foram momentos muito complicados. Estava com os bombeiros junto a dois dos carros que arderam. De um momento para o outro, começaram a gritar e cada um de nós fugiu para onde foi possível. O vento ficou descontrolado e cercou as viaturas. É um milagre este acidente não ter provocado mortos”, explica Vítor Pereira, que ajudava os bombeiros no combate às chamas no momento em que as viaturas se incendiaram.
A aldeia de Sanguinho foi uma das que ficaram cercadas pelas chamas. “O fogo chegava de todos os lados. Ficámos cercados e vivemos aqui momentos muito complicados”, refere António Fernandes, habitante da aldeia. Já o incêndio que deflagrou em VilaLonga, Sátão, distrito de Viseu – que alastrou a Dornelas, distrito da Guarda –, causou o pânico a centenas de pessoas que viram as suas casas ameaçadas. “Isto não é um fogo, é um inferno que nos vai matar a todos”, gritava António Pinto, habitante de Dornelas, enquanto conduzia um trator com água. “O fogo cercou a minha casa e os barracões agrícolas. Não fiquei sem nada porque as pessoas me ajudaram”, referiu Maria Rodrigues, ainda a tremer do susto que apanhara.
As chamas consumiram também floresta em Macieira (São Pedro do Sul), Nagozela (Santa Comba Dão) e Trancoso.