PAIS EM CASA COM FUNDOS EUROPEUS

(Foto Jupiter Images)
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Pais consideram que medida de incentivo à natalidade é positiva para acompanharemos filhos (Foto Jupiter Images)
Pais consideram que medida de incentivo à natalidade é positiva para acompanharemos filhos (Foto Jupiter Images)

Os pais poderão optar, já em 2014, por trabalhar a tempo parcial para se dedicarem aos filhos. Fonte do gabinete do ministro da Solidariedade, Emprego e Segurança Social disse ao CM que o Governo está em negociações com a União Europeia, dado que serão os fundos comunitários a financiar esta opção. Por saber está ainda o valor da verba, a que famílias se destina e por quanto tempo podem os pais acompanhar os filhos.
“É uma medida de incentivo à natalidade e de aumento de emprego. É positivo se a ideia for dar mais tempo às famílias, sem prejuízo do rendimento, para estarem com os filhos”, referiu ao CM Jorge Ascenção, presidente da Confederação Nacional das Associações de Pais, adiantando: “Temos de esperar para conhecer a norma e saber quais são as condições e o período a que se refere. Era importante que os pais pudessem acompanhar os filhos, pelo menos, até aos 12 anos. A partir dessa idade, a criança começa a adquirir alguma autonomia.”
O apoio às famílias pretende responder sobretudo à diminuição dos nascimentos. No primeiro semestre do ano nasceram quase menos quatro mil bebés em comparação com igual período de 2012.
A Associação de Famílias Numerosas aplaude a iniciativa. “Não conhecemos os detalhes da medida, mas o princípio é bom. Por vezes bastava o pai ou mãe saírem uma ou duas horas mais cedo do trabalho para que apanhasse menos trânsito, fossem buscar o filho mais cedo e ganhassem mais tempo para dedicar ao filho”, refere Ana Cid Gonçalves, secretária-geral da Associação de Famílias Numerosas.
Em Portugal, o acompanhamento parental é dificultado. A medida poderá aumentar a produtividade dos pais e trazer ganhos importantes para as empresas. A responsável alerta, no entanto, que “é fundamental garantir uma situação de Igualdade, independentemente dos rendimentos das famílias”.