O governo Liberal do Ontário gastou 70 milhões de dólares para criar um plano de pensão provincial que não será necessário porque Otava e as outras províncias chegaram a acordo para reforçar o CPP.
A despesa inclui 3,7 milhões de dólares em pagamentos de compensação para os empregados na empresa criada pela província para administrar o Ontario Retirement Pension Plan (ORPP), incluindo uma verba de mais de 2 milhões de dólares para ser dividida pelos seus seis altos executivos.
A maioria dos executivos do ORPP só foram contratados em março ou abril, e um em junho, mas cada um deles terá direito a cerca de 335.000 dólares em indemnizações.
Os Novos Democratas classificaram os pagamentos de indemnizações um “insulto” para as pessoas que não podem pagar para se aposentar, especialmente quando a maioria das pessoas sabia que o plano de pensão provincial teria poucas probabilidades de avançar.
Documentos divulgados na quinta-feira mostram que a sociedade para administrar a pensão assinou no início deste ano um arrendamento de cinco anos, no valor de 12 milhões de dólares, para dois andares num edifício de escritórios do centro de Toronto, e pediu emprestados 31 milhões de dólares do governo provincial.
A ORPPAC também gastou 17,7 milhões de dólares, em serviços de consultoria.
O ministro das Finanças Charles Sousa disse que há outros 15 milhões de dólares reservados para quaisquer custas para a dissolução da sociedade de administração do plano de pensão.
A primeira escolha do Ontário foi sempre a de reforçar o CPP, disse Sousa, mas iria prosseguir com o plano provincial no caso de outras províncias ou o governo federal continuarem a bloquear um acordo nacional.
O relatório completo sobre os custos do ORPP indica que a sociedade de administração, que já tinha 50 funcionários, pretendia contratar mais 100 este mês, outros 100 em setembro, e mais 250 no próximo ano.
Os Conservadores apontaram o OPRP como outro exemplo de desperdício e má gestão Liberal, e disseram que o Ontário poderia ter convencido Otava e as outras províncias a reforçar o CPP, sem gastar tanto no seu plano agora extinto.
Seja como for, Sousa defendeu a despesa, afirmando que a decisão do Ontário para criar o seu próprio plano de pensão foi a força motriz por trás do acordo alcançado em junho para reforçar o CPP.
Os críticos do reforço do CPP alertam que a imposição de contribuições adicionais aos trabalhadores e empregadores irão prejudicar a economia, com a Federação Canadiana de Empresas Independentes a prever que isso vai ser “devastador” para as pequenas empresas.
Fonte: Canadian Press