OBRA “RETRATOS DE CAMÕES” DE VASCO GRAÇA MOURA APRESENTADA EM LISBOA

VASCO GRAÇA MOURAVasco Graça Moura morreu em Abril deste ano, mas a sua obra “Retratos de Camões” é agora apresentada na sede da Sociedade Portuguesa de Autores (SPA), em Lisboa.
Segundo a editora, trata-se de “um livro sobre a iconografia camoniana […] com ilustrações a cores, que inclui retratos contemporâneos de Camões da autoria de Júlio Pomar, José de Guimarães, João Cutileiro e José Aurélio, a par dos retratos clássicos”.
Este é dado como o último livro, ao longo do qual, o ensaísta “faz um estudo histórico dos retratos de Camões, identificando os que terão sido feitos em vida do poeta e os que, posteriormente, deram substância à imagem que hoje temos dele”.
A obra é apresentada no auditório Frederico de Freitas, na sede da cooperativa de autores, pelo escritor Francisco José Viegas, ex-secretário de Estado da Cultura, e pelo presidente da SPA, José Jorge Letria.
O autor de “Os Lusíadas” mereceu a Graça Moura vários volumes de ensaios, como “Luís de Camões: Alguns Desafios” (1980), “Camões e a Divina Proporção” (1985), “Sobre Camões, Gândavo e outras personagens” (2000).
Vasco Graça Moura, o escritor para quem a poesia era a sua forma verbal de estar no mundo, morreu em Lisboa, aos 72 anos, no dia 27 de abril, foi poeta, ensaísta, romancista, dramaturgo, cronista e tradutor de clássicos, nasceu no Porto, na Foz do Douro, em 1942, licenciou-se em Direito, pela Universidade de Lisboa, e chegou a exercer a advocacia, de 1966 a 1983, até a carreira literária se estabelecer em pleno.
Manifestamente contrário ao Acordo Ortográfico, reuniu os seus argumentos sob o título “A perspetiva do desastre”, num volume publicado em 2008 e até à sua morte, presidiu o conselho de administração da Fundação do Centro Cultural de Belém.