OBAMA ISOLADO EM GUERRA À SÍRIA

Obama recebido por Putin na chegada à cimeira do G20, na cidade russa de São Petersburgo
Obama recebido por Putin na chegada à cimeira do G20, na cidade russa de São Petersburgo
Obama recebido por Putin na chegada à cimeira do G20, na cidade russa de São Petersburgo

A cimeira do G20, em São Petersburgo, Rússia, começou ontem sob o signo da discórdia. A Síria não constava da agenda, mas centrou as atenções na primeira jornada da reunião e o resultado dos debates, mantidos durante o jantar, à margem das reuniões sobre temas económicos, foi uma pesada ‘derrota’ para o presidente dos EUA.
A tensão sentia-se no ar desde a frieza do aperto de mão entre Obama e o homólogo russo, Vladimir Putin, mas o pior chegou quando a União Europeia (UE) defendeu uma solução negociada para o conflito, mediada pela ONU, aproximando-se, assim, das posições da Rússia.
Contudo, há divergências no seio da UE, que ontem os líderes europeus tentaram solucionar em reunião mantida à margem da cimeira. Reino Unido e França apoiam a ofensiva, mas só a França está disponível para participar na mesma, pois o primeiro-ministro britânico, David Cameron, não teve apoio parlamentar para a guerra.
A pressão sobre Obama foi aumentada pelos parceiros da Rússia no grupo dos chamados BRICS, as principais economias emergentes do mundo. China, Brasil, Índia e África do Sul alertaram para “os efeitos negativos” da guerra na economia global, “especialmente nos preços do petróleo”.
Também o papa Francisco juntou a sua voz ao coro de opositores.Em carta a Putin, lembrou o “sofrimento da população síria” e instou o G20 “a pôr de lado uma ação militar fútil”. Obama pediu o apoio do Congresso para a ofensiva, mas tem tarefa dificultada por dezenas de congressistas indecisos.