O ÚLTIMO ADEUS AO PINTOR ZÉ PENICHEIRO

pintura ze penicheiroO pinto considerado o último modernista português faleceu no sábado aos 92 anos, vítima de doença prolongada e o seu funeral realizou-se na Figueira da Foz, na segunda-feira à tarde a partir do complexo funerário da cidade para o cemitério oriental.
Zé Penicheiro era natural do concelho de Tábua, no distrito de Coimbra, viveu grande parte da sua vida na Figueira da Foz, onde em 2011 foi homenageado no Centro de Artes e Espetáculos, que ostenta uma sala de exposições com o seu nome e foi a ocasião para o pintor anunciar publicamente o fim da sua carreira artística.
A Universidade de Aveiro no seu portal considera que o pintor foi “criador de uma expressão plástica original, que denominou de ‘caricatura em volume'”, iniciou carreira como caricaturista e ilustrador em vários jornais, nacionais e regionais e o meio académico garante que começou o ciclo de exposições nesta modalidade em 1948, no Grande Casino Peninsular, na Figueira da Foz.
Penicheiro de 1958 a 1968 fez diversas viagens de estudo a museus e galerias de Madrid, Paris, Zurique e Munique e data de 1958 a sua primeira colaboração com a RTP, com a qual voltou a trabalhar, em 1982, no programa “Desenhando com música”.
A partir da década de 1970, este autodidata dedicou-se em exclusivo à pintura tendo exposto em Portugal e em vários outros países, sendo autor de vários painéis e murais públicos em várias localidades portuguesas, e fundou o Círculo de Artes Plásticas O Aveiro/Arte.
Entre os galardões que recebeu, refira-se o primeiro prémio de um concurso da Câmara de Lisboa e a Medalha de Mérito da câmara da Figueira da Foz, tendo sido homenageado em 1999 no Festival Internacional de Banda Desenhada da Amadora.