O Canadá e os EUA têm vindo a alinhar as suas indústrias de veículos eléctricos nos últimos anos, incluindo minerais essenciais, baterias e o próprio fabrico de veículos eléctricos, tendo investido nos últimos dois anos cerca de 30 mil milhões de dólares nesta indústria.
A importação de veículos elétricos de marcas chinesas para o Canadá, entretanto, aumentou no último ano, com a mudança de fabrico de veículos da Tesla dos EUA para Xangai, colocando a China em segundo lugar, atrás dos EUA, no mercado de importações canadense.
O Canadá impõe atualmente uma tarifa de 6% sobre os veículos fabricados na China, mas os automobilistas podem beneficiar de descontos federais até 5.000 dólares para a aquisição de veículos eléctricos.
O Presidente Joe Biden decidiu, a 14 de maio, quadruplicar para 100% a tarifa de importação dos EUA sobre os veículos eléctricos fabricados na China. Esta decisão de aumento de tarifas não se cinge a veículos, mas abrange outros produtos como chips de computadores, equipamento médico e baterias de iões de lítio.
O Primeiro-Ministro Justin Trudeau, o Ministro da Indústria François-Philippe Champagne e a Ministra do Comércio Mary Ng abriram a porta à avaliação das tarifas desde que os EUA tomaram a sua decisão, mas nenhum deles se comprometeu a seguir o exemplo.
Brian Kingston, presidente da Canadian Vehicle Manufacturers’ Association não defende que o Canadá iguale as taxas dos EUA, mas diz que não devem ficar à parte desta decisão, pois as políticas devem estar alinhadas.
A necessidade de ponderação de direitos aduaneiros é, em grande parte, uma tentativa de impedir a China de abalar a indústria automóvel da América do Norte, dado que o sector representa quase cinco por cento da economia dos EUA e mais de dois por cento no Canadá.