Uma norueguesa e o seu amante britânico foram condenados pelo tribunal de Oslo a 8 e 9 anos de prisão, respetivamente pela morte de uma menina de 21 meses, filha da mulher que a afogou mediante indicações que ia recebendo do amante via webcam.
O tribunal deu como provado que Yasmin Chaudhry afogou a sua pequena filha, Hunaina Chaudhry, num balde cheio de água, como punição de um suposto castigo, enquanto recebia instruções do amante via um link de vídeo, a partir da cidade de Londres.
De acordo com a polícia, os factos remontam à noite de 2 para 3 de Outubro de 2010 quando a pequena terá acordado por volta das 3 da manhã e surpreendido os dois amantes numa alegada conversa via chamada vídeo pela internet, o que desencadeou o castigo, tendo a menina vindo a morrer no dia seguinte já no hospital com edema cerebral.
O coletivo de juízes considerou o casal culpado de homicídio não qualificado, por considerar que ambos não tiveram consciência de estar a atentar contra a vida humana e pela mãe ter cooperado com os investigadores mas consideraram ainda que a vítima foi alvo de outros abusos dos quais tomaram conhecimento pelas gravações deixadas pelo casal em suporte digital, a partir da webcam.
Nos últimos seis meses de vida, a mãe da criança decidia os castigos à filha, nas conversas via internet que tinha com o amante, Ammaz Omer Qureshi, que participou nalgumas das punições.
Entre as gravações dos castigos, há imagens da menina a ser forçada a engolir uma colherada de pimenta em pó, a ser amordaçada com fita adesiva, a ser obrigada a tomar banho de água fria, a ser forçada a dormir no chão, ou a levar uma bofetada na cara.