Negócios Estrangeiros: Mélanie Joly viaja para África para reforçar laços

Foto: Facebook Mélanie Jolie

A ministra canadiana dos Negócios Estrangeiros, Mélanie Joly, viajou a 19 de agosto para a Costa do Marfim, em África, numa fase em que o seu Governo elabora um plano, há muito adiado, para fortalecer o relacionamento canadiano com o continente. 21 de agosto foi a data escolhida para a viagem de Joly a outro país do continente: a África do Sul. 

O gabinete dos Negócios Estrangeiros disse que a viagem à Costa do Marfim foi marcada com o objetivo de explorar prioridades partilhadas de combate ao terrorismo e afirmar os laços do Canadá com países de língua inglesa e francesa. Por sua vez, a paragem na África do Sul foi planeada com o intuito de discutir a parceria económica entre os dois países e o registo de 30 anos do fim do Apartheid.

Esta viagem acontece poucos dias depois do início das consultas dos liberais sobre a abordagem do Governo canadiano em relação a África, nomeadamente a nível de posicionamento de deputados e questões prioritárias. 

Abordado há três anos, este projeto foi inicialmente designado como estratégia. Surgiu na sequência de alertas, em 2022, pelos senadores do comité de Negócios Estrangeiros de que o Canadá estava a ficar para trás na formação de laços económicos no continente africano.

O Canadá já prometeu algum tipo de plano para a cooperação económica com África, cuja consulta foi concluída no verão passado, sendo desconhecido se esta cooperação foi incorporada à abordagem mais ampla liderada por Joly.

Para além da cooperação financeira, esta viagem de Joly também acontece num momento em que o Canadá enfrenta pedidos para doar parte do seu estoque de vacinas que podem ajudar a conter a varíola dos macacos, conhecida como Mpox, declarada como emergência global de saúde pública, a 14 de agosto, pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

Ottawa disse que está a analisar a melhor forma de ajudar os países onde a doença se está a espalhar rapidamente, mas não indicou nenhum plano para partilhar o seu estoque com os países em desenvolvimento.

A África do Sul criticou anteriormente países como o Canadá por acumularem vacinas contra a Covid-19, que eram extremamente necessárias em África, e por não apoiarem os esforços para suspender patentes de medicamentos e vacinas, cuja fabricação raramente era permitida em países africanos.