NAVEGADOR SOLITÁRIO PORTUGUÊS RESGATADO PELA GUARDA COSTEIRA DE CABO VERDE

cabo verdeO navegador solitário português que faz a travessia a remo do Atlântico com destino ao Brasil foi resgatado na madrugada de terça-feira por um navio da Guarda Costeira cabo-verdiana.
O sargento principal Manuel Ribeiro, que comandou a operação a bordo do “Rei”, contou que foi necessário envolver os oito integrantes da guarnição para salvar José Diogo Tavares, que fazia a travessia numa embarcação de bandeira inglesa, no âmbito de uma manifestação ambientalista a favor da preservação da natureza.
O “Paraguaçu”, barco de sete metros, estava em dificuldades devido à forte ondulação que apanhou a sudoeste da ilha cabo-verdiana do Maio e estava a ser empurrado para a costa africana, tendo sido rebocado pelo “Rei” até ao porto da Cidade da Praia.
Manuel Ribeiro indicou que a operação em terra foi coordenada pelo Centro de Operações da Segurança
Marítima da Guarda Costeira e que a atuação da embarcação “Rei” foi desencadeada a partir de um contacto realizado pelo Centro de Coordenação de Busca e Salvamento de Lisboa.
A operação de resgate e salvamento disse Manuel Ribeiro, demorou 3:30 horas, pois a embarcação foi localizada 33 milhas a sudoeste do porto da Cidade da Praia, donde zarpou o navio da Guarda Costeira cabo-verdiana.
As autoridades garantem que encontraram o navegador português calmo dentro da embarcação, o que deixa entender tem uma vasta experiência no mar.
Outro navegador solitário português, Ricardo Diniz, que está a efetuar, mas à vela, o mesmo trajeto, encontra-se no Mindelo, na ilha de São Vicente, após ter saído de Lisboa a 23 de abril e de uma escala na Madeira.
Ricardo Diniz leva uma bandeira de Portugal e uma garrafa com mensagens de apoio à seleção portuguesa de futebol que participará no Mundial no Brasil, indicou que deverá partir sábado para a terceira e última etapa, a ligação entre Mindelo e Salvador da Baía, onde espera chegar a 10 de junho, Dia de Portugal.