NATO E BRUXELAS PREOCUPADAS COM REGRESSO DA VIOLÊNCIA ÀS RUAS DE KIEV

ucraneaA chefe da diplomacia europeia, Catherine Ashton manifestou-se muito preocupada por aquilo que chama de inquietante escalada de violência em Kiev e o secretário geral da NATO, Anders Fogh Rasmussen declarou-se fortemente preocupado pelo regresso dos confrontos ao centro da capital ucraniana, apelando a todas as partes envolvidas no conflito para pararem com a violência e regressarem ao diálogo.
O balanço provisório dos confrontos apontam para 5 mortos, entre eles, 1 polícia e 2 corpos encontrados junto á estação de metro do sudoeste da cidade, a juntar a outros três manifestantes abatidos no protesto da manhã de terça-feira, havendo ainda cerca de 150 feridos, alguns em estado grave, de acordo com um médico de serviço ao hospital de campanha que a oposição ucraniana instalou perto do parlamento.
Depois dos confrontos ao longo do dia entre policia e manifestantes, o governo ucraniano fez um ultimato para a multidão desmobilizar das ruas, caso contrário, mandaria avançar polícia de choque para junto do seu principal ponto de concentração.
Numa mensagem publicada na Internet assinada pelo responsável dos serviços de segurança, Alexandr Yakimenko, e pelo ministro do Interior, Vitali Zajarchenko, afirma-se que serão usados “todos os meios previstos na lei” para acabar com os confrontos registados em Kiev.
O metro na capital ucraniana foi encerrado e a polícia de choque toma posições junto à Praça da Independência, principal ponto de concentração dos contestatários, que estavam a reforçar as barricadas que ergueram desde que começaram as manifestações contra o governo de Viktor Ianukovitch.
Os três grupos parlamentares da oposição, Batkivshina, UDAR e Svoboda, anunciaram que iam exigir terça-feira no parlamento a recuperação da Constituição de 2004, para regressar ao regime parlamentar, mas a maioria recusou sequer incluir o tema na agenda da sessão parlamentar.
A crise política na Ucrânia começou em finais de novembro quando milhares de pessoas saíram às ruas para protestar contra a decisão do Presidente de suspender os preparativos para a assinatura de um acordo de associação com a União Europeia.